Análise – Death Stranding: Director’s Cut

Lançado em 2019, “Death Stranding” foi um jogo algo controverso, mas geralmente bem recebido pela critica, tendo uma média superior a 80. A nossa análise ao Death Stranding na PS4. Passados 2 anos, Hideo Kojima regressa a este mundo com uma nova versão para a nova consola da Sony.

Como seria de esperar, ao nível narrativo, “Death Stranding: Director’s Cut” não modifica nada de relevante, porém esta nova edição inclui 3 missões novas que dão um contexto adicional a certas personagens, focando-se mais em furtividade e confrontos diretos. No geral é uma adição sólida, mas bastante curta, ao ponto de eu ter acabado a última missão e ficar à espera de mais, os jogadores não devem demorar mais que 1 hora e meia, sensivelmente para completar o conteúdo adicional.

Além destas novas missões, foram também adicionadas diversas encomendas secundárias, algumas delas a transitar da versão de PC, como o “crossover” com “Half-Life” e “Cyberpunk”, bem como um novo tipo de missão que implica o resgate de Porters feridos, algo que gostei de experienciar, não por serem diferentes a nível de jogabilidade, mas pelo contexto de termos de ter mais cuidado por serem seres vivos e não carga simples.

Realço também a adição de inúmeras estruturas e ferramentas novas para facilitar a nossa aventura por este mundo pós-apocaliptico, como por exemplo catapultas de carga que permitem o arremesso seguro de cargas a longas distâncias, ou até mesmo um “Jetpack” que após ser desbloqueado permite a Sam a descida rápida e sem consequências de penhascos, tornando o “Post-Game” deste jogo uma experiência bem mais agradável e fluida, não havendo uma preocupação excessiva com relevos na nossa rota, as inúmeras estruturas e ferramentas são um dos grandes destaques desta edição.

E, sem dúvida, o que mais me surpreendeu em toda esta nova versão, o autódromo, que não só é algo único como é o único sitio no jogo em que podemos ouvir a banda sonora fora dos abrigos do Bridges, algo que continua a ser a minha maior desilusão desde do original, o autódromo é algo repetitivo ao fim de umas corridas mas é uma adição divertida e nada intrusiva.

Visualmente “Death Stranding: Director’s Cut” continua incrível, mantendo-se tudo o que já era bom no original e sendo elevado pelo poder da PS5, poder esse que permite ao jogo ter 3 opções visuais distintas: Qualidade (4K a 60fps), Performance (1800p a 60fps) e Qualidade Ultra-Wide (1800p a 60fps, mas em formato 21:9), preferi jogar no modo performance, dado que o modo Qualidade apresentava algumas quebras de fluidez consideráveis.

Já o áudio continua magistral nesta experiência, especialmente a banda sonora, após os Low Roar no original, Kojima volta a pegar numa outra banda relativamente pouco conhecida, os Biting Elbows, e utiliza-os de uma forma sensacional nos já icónicos momentos musicais deste jogo. Para além dos Biting Elbows as novas músicas incluem Woodkid e Midge Ure, podendo esta banda sonora ser escutada no seguinte link.

Como não poderia deixar de mencionar, a implementação do Dualsense é, como se poderia esperar de Hideo Kojima, incrível, sendo o grande destaque o “Haptic Feedback”, que simula não só a sensação dos diferentes terrenos, como também o sensor do “Odradek” de Sam, que localiza encomendas, BTs e ainda avisa de potenciais relevos pelos quais Sam não consegue escalar, ou águas demasiado profundas. Já os gatilhos adaptativos são mais subtis que o esperado, mas quando a carga é mesmo muito pesada a sensação que dão ajuda ainda mais à imersão, sentindo na palma das nossas mãos o esforço crescente de Sam à medida que se vai cansando.

Resumindo, “Death Stranding: Director’s Cut” não é uma expansão considerável como “Ghost of Tsushima: Director’s Cut”, no entanto não deixa de ser uma experiência agradável, mais simplificada e fluida, que os fãs do jogo irão apreciar bastante, pelo que atribuo a nota de 8/10.

Agradecemos à Sony pelo código dado, sem o qual esta análise não teria sido possível.


Death Stranding Director’s Cut no OpenCritic

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