Análise – Brothers: A Tale of Two Sons Remake

Lançado em 2013, Brothers: A Tale of Two Sons foi um titulo bastante aclamado e catapultou o seu diretor, Josef Fares, para a ribalta na indústria dos videojogos. E agora, 11 anos depois este jogo regressa num remake que procura trazer esta história para uma nova geração com retoques visuais.

Brothers conta a história de Naia e Naiee, dois irmãos que partem numa aventura à procura da árvore da vida, atravessando os mais diversos locais para a alcançar, cada um deles com cada vez mais desafios, desafios esses que os obrigam a fortalecer a ligação e confiança entre si, tudo para curar doença do seu pai.
No geral gosto imenso da história deste jogo, tanto no original como aqui, pois apesar de curta e introduzir muitos elementos mais místicos nunca perde o seu grande foco que é acima de tudo a ligação destes 2 irmãos e os perigos que enfrentam para salvar o pai deles.

Visualmente, este remake utiliza o Unreal Engine 5 e no geral é um jogo bastante bonito, especialmente no que a paisagens diz respeito, desde colinas verdejantes a tundras geladas, todos os locais são muito apelativos, embora por vezes a fidelidade maior causa certos aspetos interativos do cenário a tornar-se ligeiramente menos óbvios para o jogador, mas felizmente é uma ocorrência bastante rara.

O jogo apresenta ainda 2 modos visuais, Qualidade e Performance, pessoalmente joguei no modo performance e embora seja estável deparei-me com alguns problemas visuais ocasionalmente, como texturas intermitentes e algumas cenas onde certos aspetos do cenário aparentavam ter uma resolução menor que o resto, não é nada que estrague a experiência mas ainda assim importante de ressalvar.

A banda sonora, composta por Gustaf Grefberg, continua muito boa, especialmente nos momentos mais emotivos do jogo, em que ajuda a consolidar as emoções sentidas por ambos os irmãos.

Ao nível da jogabilidade, neste jogo tal como no original controlamos as duas personagens em simultâneo, o lado esquerdo do comando fica encarregue de Naia e o lado direito de Naiee, algo que é bastante interessante, mas denoto que o jogo poderia ter uma opção de acessibilidade que trocasse as ações de manter o botão pressionado para apenas um toque de ativação/desativação, pois há algumas sequências em que se têm de premir os gatilhos durante tanto tempo que fiquei com as mãos doridas.

Ainda assim, apesar disso gosto da criatividade que muitas sequências têm no que toca a utilizar ambas as personagens em simultâneo, algo que se mantém intacto neste remake.

Devo dizer, porém, que apanhei alguns bugs, que espero que sejam corrigidos a tempo do lançamento do jogo, especialmente aqueles em que uma das personagens ficava presa na geometria do nível e tive de reiniciar o checkpoint para corrigir o problema.

Em suma, Brothers: A Tale of Two Sons Remake é um bom remake que dá nova vida a este jogo passados 11 anos do seu lançamento original, pode ter alguns problemas técnicos mas a experiência no geral é satisfatória, especialmente a nível narrativo e estando a um preço reduzido, pelo que lhe atribuo um 7.5/10.

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