Análise- Stray (PS5)

Desenvolvido pela BlueTwelve Studio e publicado pela Annapurna Interactive, chega-nos “Stray”, um jogo de aventura que tem como protagonista e ponto central da narrativa um gato.

“Stray” conta a história de um gato, que após um certo evento é separado da sua família, e rapidamente se depara sozinho numa metrópole desolada e somente habitada por robôs. No entanto, este gato se depara com a principal ameaça deste mundo, uma praga que se alimenta de tudo o que apanha, incluindo os tais robôs, tendo o gato não só a missão de tentar voltar para perto dos seus, como também por consequência encontrar uma forma de parar esta ameaça.
No geral é uma narrativa bem conseguida, que consegue ficar bastante rica e surpreendentemente emotiva perto do final, em especial se explorarem bastante cada recanto do jogo.

Visualmente, é um jogo excecional, correndo a 4K a 60 frames por segundo na PS5 e mantendo este alvo praticamente em toda a sua longevidade, porém com a ressalva que em zonas mais tardias há algumas quebras de fluidez algo notórias.
Ao longo da nossa aventura passamos por uma variedade de locais, desde luxuosas zonas verdejantes, a metrópoles recheadas de iluminação de Neon, a esgotos contaminados pela praga, sendo todos estes locais extremamente bonitos e bem conseguidos ao nível visual, havendo uma variedade nos locais que visitamos.
A banda sonora, composta por Yann Van Der Cruyssen, está também bem conseguida e capta bastante bem o impacto que cada cena deve ter, acabando por tornar certas sequências bastante cativantes, podendo ser ouvida aqui.

Ao nível da jogabilidade, “Stray” consiste num jogo de aventura em 3ª pessoa, sendo apesar de relativamente linear, composto por algumas áreas mais abertas que podemos explorar e não só conhecer mais sobre o mundo como também encontrar dezenas de colecionáveis, algo que no geral é bastante satisfatório, no entanto as secções de plataformas são inconsistentes, pois o gato não consegue saltar livremente, dependendo que o botão apareça no ecrã, algo que não é muito fiável em sequências mais rápidas onde precisamos de rapidamente mudar de direção ou altura da plataforma, o que pode levar a alguma frustração nesse aspeto, especialmente quando somos perseguidos pela praga em que um pequeno erro pode levar à nossa morte.
Além disso existem ainda sequências com puzzles engraçadas, embora sinta que podiam ter feito algo mais com elas, podendo expandir essa parte da jogabilidade, ainda assim as que estão efetivamente no jogo estão bem conseguidas.

Esta aventura tem uma duração de cerca de 4 a 5 horas, sendo por isso bastante curta, algo que não me incomodou de todo, porque nessas horas me entreteve bastante, mas ainda assim poderá ser um impedimento para algumas pessoas, ficando desde já o aviso.

Como já é costume na PS5, o jogo suporta totalmente o Dualsense e no geral é uma adorável e boa implementação, utilizando os gatilhos adaptativos nas sequências em que o gato arranha objetos e faz resistência alternada entre cada gatilho, bem como o “Haptic Feedback” que é usado nos diversos efeitos como chuva e até mesmo nos barulhos que o gato faz, algo que também passa pelo altifalante do comando, acabando por ser extremamente adorável.


Em suma, “Stray” é uma experiência que não vai revolucionar a indústria, mas é um excelente jogo de aventura que apesar de algumas falhas é sem dúvida merecedor do vosso tempo, especialmente se tiverem o novo Playstation Plus, onde o podem adquirir sem custos adicionais, pelo que lhe atribuo a nota de 8/10.

Stray no OpenCritic

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