“Xenoblade Chronicles 3”, lançado em Agosto do ano passado foi uma excelente sequela desta fantástica série da Monolith Soft à qual atribui um 8.5/10 e, agora, passados 8 meses finalmente foi lançado a altamente antecipada expansão que promete encerrar esta saga começada em 2010.
O meu primeiro contacto com esta franquia deu-se em 2015, aquando do lançamento de “Xenoblade Chronicles X” e desde então fiquei completamente rendido, especialmente o primeiro jogo, que considero o melhor RPG feito até hoje, logo fiquei muito satisfeito quando o terceiro jogo correspondeu às expetativas colocadas e ainda mais ao anunciarem este final da saga.
Narrativamente esta expansão passa-se centenas de anos antes dos eventos do jogo base, passando-se na época da destruição da primeira cidade.
Seguimos esta jornada pelos olhos de Matthew, um jovem demasiado entusiasmado com a ideia de espancar pessoas e A, uma “misteriosa” figura, que na sua viagem rapidamente se encontram com Glimmer e Nikol, soldados de Agnus e Keves, respetivamente, mas também Shulk e Rex, que regressam para uma última viagem com o jogador de forma a tentar salvar o mundo.
Como um todo, a narrativa desta expansão é um triunfo gigantesco, que apesar de ligeiros percalços consegue juntar os universos da trilogia de forma magistral, com especial destaque para Shulk, verti algumas lágrimas em certas cenas onde o mesmo fala do seu passado e visita zonas icónicas do primeiro jogo, o uso do passado e a sua junção com o presente e futuro da franquia é feito de forma irrepreensível e mal posso esperar para ver o que a Monolith produzirá a seguir, especialmente após uma conclusão tão épica e satisfatória como a desta expansão.
Ao nível visual, obviamente não há diferenças para com o jogo base, no entanto realço uma formidável direção artística que faz os locais se destacarem imenso uns dos outros, diria mesmo que uma destas zonas está ao nível das melhores de toda a franquia.
Outra vertente extremamente importante nestes jogos é a sua banda sonora, e posso dizer que a deste DLC me arrebatou por completo, fiquei mesmo sem palavras com o trabalho excecional de Yasunori Mitsuda, que após uma banda sonora algo desapontante no jogo base decidiu fazer alguns dos seus melhores trabalhos nesta expansão, de onde destaco a música do boss final e a de Aurora Shelf.
Falando da jogabilidade, tal como o jogo base, esta expansão mantém quase na integra aquele que considero o melhor sistema de combate num RPG de ação, contudo com algumas diferenças chave, nomeadamente o sistema de “Affinity Points” (AP) que substitui a customização de artes e classes de cada personagem e introduz no seu lugar uma “Skill Tree” muito habitual neste género, que nos permite fortalecer as personagens, podendo estes pontos ser adquiridos das mais variadas formas, desde exploração a conclusão de conversas com NPCs e missões concluídas, todo o sistema é muito bem conseguido.
Além disso, coisas que no jogo obtínhamos ao evoluir as nossas personagens como ranhuras para gemas e acessórios, são agora descobertas ao longo das várias áreas, algo que incentiva bastante a exploração a fundo das várias zonas existentes nesta expansão, porém, introduz também o problema de castigar o jogador um pouco em certos momentos, pois o jogador pode estar bem quanto ao seu nível, mas ter um equipamento abaixo do esperado simplesmente porque não encontrou a ranhura para uma das personagens, impossibilitando por exemplo que uma personagem ressuscite outras.
Outra coisa que a expansão faz extremamente bem é o conteúdo opcional, que tal como no jogo base é de alta qualidade e bastante importante para entender certos detalhes mais subtis que poderão vir a ser importantes no desenrolar do enredo, e em certos caso aprimorar a narrativa algo desapontante do jogo base com novos detalhes e alusões aos eventos que irão decorrer anos mais tarde.
Em suma, “Xenoblade Chronicles 3: Future Redeemed” é uma experiência formidável altamente recomendada a qualquer fã, e apesar de pequenas falhas encerra esta saga de renome com chave de ouro, pelo que lhe atribuo a nota de 9/10.
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