Análise – Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge (PS5)

Desenvolvido pela Tribute Games, chega-nos um novo jogo enquadrado no género “Beat-em-Up”, que já é familiar às Tartaruga Ninja desde dos anos 80.

TMNT: Shredder’s Revenge” começa com a invasão de Nova Iorque por parte de Krang e inúmeros outros conhecidos vilões da franquia, de aí em diante o jogo segue uma estrutura bastante simplista e ao longo de 16 niveis é a nossa missão travar estes vilões e os seus planos.
Tendo em conta o género que é, a narrativa é satisfatória e é um deleite para os fãs que irão encontrar dezenas de caras conhecidas ao longo da aventura.

Ao nível audiovisual, o jogo é excelente, a “pixelart” que usa é bastante colorida e encantadora, cada nível tem um aspeto sensacional e raramente encontramos um nível mais parecido com o anterior porque a grande maioria se passa em diferentes locais.
A música é outro grande destaque, composta pelo nosso compatriota, Tee Lopes, responsável por coisas como a banda sonora de “Sonic Mania”, estas músicas adicionam bastante a cada nível e algumas são mesmo incríveis, podendo ser ouvidas aqui.

Passando à parte que realmente interessa num “Beat-em-up”, este jogo apresenta um combate não só frenético como bastante satisfatório, havendo inúmeros combos e opções para derrubar cada tipo de inimigo que encontramos nos vários níveis, destaco em especial o desvio e os ataques em salto que não só dinamizam o combate e permitem encurtar distâncias, como nos deixam mudar o plano vertical que estamos a atacar sem nos mexermos manualmente de cima para baixo e nos alinharmos com os inimigos, algo um pouco chato noutros jogos do género como “Streets of Rage 4”, por exemplo.

Os bosses, em particular, são um destaque e adorei enfrentá-los, são satisfatoriamente desafiantes e nunca frustrantes, tendo padrões fáceis de perceber e contrapor com as nossas próprias táticas, havendo algumas lutas onde tudo correu bem e senti que estava a assistir a um episódio da série.

O jogo possui 7 personagens (uma delas só desbloqueada após o fim da aventura), e embora todas tenham o mesmo portfólio de habilidades e combos, as suas estatísticas e ataques especiais variam, acabando por ser surpreendentemente únicas, embora tivesse preferido mais habilidades únicas em cada personagem, porém talvez não tenha sido possível pela questão do “multiplayer” e o equilíbrio do mesmo.

Por falar em “multiplayer”, o jogo tem suporte até 6 jogadores em simultâneo, tanto local como online e, embora não tenha conseguido testar a nível local com muito ênfase fiz imensas partidas online e no geral foi uma experiência bastante positiva, o jogo brilha neste ambiente cooperativo e até há ataques únicos desse modo. Denoto, porém que encontrei um bug neste modo, basicamente cada vez que tentava ajudar pessoas a derrotar o boss final o jogo quebrava sempre que o fiz e apenas neste nível, portanto fica o aviso de quem pensar em ajudar pessoas.

Cada nível possui inúmeros colecionáveis, desde aparições especiais a objetos específicos para apanharmos, e embora não sejam recompensas excecionais nem estejam muito escondidos, compensam por ser um bom aperitivo para os fãs.

No entanto, nem tudo é perfeito, embora seja um jogo curto (demorei cerca de 5h a fazer o 100% da campanha principal) perto do fim fiquei algo cansado devido à sua repetitividade, como já é costume no género, especialmente a certo ponto quando já sabemos como derrotar todos os inimigos e estamos a repetir os níveis, é algo que pode não afetar muito os entusiastas mas para os curiosos em experimentar pode ser uma barreira à diversão.

Em suma, adorei o meu tempo a jogar “TMNT: Shredder’s Revenge”, não só é dos melhores no género a que se enquadra como é uma carta de amor aos maiores fãs, sendo que apesar das falhas não o consigo deixar de recomendar, atribuindo a nota de 8.5/10.

Nota: Agradecemos à DotEmu e Cosmocover pelo código cedido, sem o qual esta análise não seria possível.

Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge no OpenCritic

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