O Playstation VR, o ambicioso periférico da Sony para a PS4, saiu há quase 6 anos e apesar de nunca ter tido nenhum jogo absolutamente obrigatório, houve um jogo que claramente se destacou dos restantes, falo de “Astrobot: Rescue Mission” saído em 2018.
Esse jogo foi tão aclamado por fãs e críticos que não se estranharia um eventual regresso do adorável protagonista, algo que finalmente aconteceu com o lançamento da nova consola da Sony em “Astro’s Playroom”.

“Astro’s Playroom” é um jogo incluído em todas as PS5 e protagoniza Astrobot numa viagem pelo interior dos próprios componentes da consola. Mas acima de tudo, viaja pelos 26 anos de história da marca PlayStation.
O jogo possui 4 níveis principais, cada um baseado num componente da consola distinto, o que significa que o jogo não é muito longo (cerca de 5h para platinar sensivelmente). No entanto os níveis aqui apresentados estão recheados de detalhes e referências ao universo PlayStation que, honestamente, me emocionaram por vezes. O jogo puxa pela nostalgia dos fãs e sucede nisso de forma exemplar, incluindo um museu com toda a história da marca até aos dias de hoje que irá deliciar qualquer fã duradouro.

Visualmente não há muito a falar, não só corre em 4K nativo como atinge os 60 frames por segundo sem esforço algum, a nivel audiovisual saliento a banda sonora, composta por Kenny Young. Desde do tema principal à espantosa “GPU Jungle”, a banda sonora é não só imensamente variada como também apelativa, vão ficar com a música no ouvido certamente.
Contudo o grande destaque do jogo é sem dúvida a implementação do Dualsense, se há jogo que mostra em pleno as suas capacidades, é sem dúvida este.
Através do “Haptic Feedback” o jogo faz-nos sentir gelo, areia, chuva e muitos outros ambientes de uma forma nunca vista com este nível de imersão, e os gatilhos adaptativos dão um “peso” à simples acção como o salto de uma mola ou escalar uma montanha com pedras soltas, tudo isso é utilizado de uma forma incrível que tem de ser mesmo experimentada de forma a se entender totalmente. São jogos como este que me fazem ansiar por ver o futuro destas tecnologias e até onde os developers poderão chegar na sua utilização.

Sendo um jogo de plataformas em 3D, diria que “Astro’s Playroom” como um todo é capaz de ser dos jogos inseridos neste género mais divertidos. Embora algo simples, as físicas são agradáveis e o controlo da personagem é praticamente perfeito, nunca senti não estar em controlo de Astro ou os saltos falharem por causa disso.
Para quem gostar da jogabilidade, o jogo apresenta um modo de corridas extra que é altamente viciante e divertido assim que aprendemos bem as mecânicas do jogo para maximizar os nossos resultados.

Diria que a única vertente onde Astro falha ligeiramente a nível de jogabilidade são as alturas em que temos fatos especiais e o controlo é feito através de “motion controls”. Geralmente são bastante boas, mas em certos momentos senti que tornavam o jogo algo difícil de acertar saltos certeiros completamente.
Como um todo, “Astro’s Playroom” é não só um excelente exemplo do que o Dualsense é capaz, como é também um jogo muito bom que recomendo a amantes do universo PlayStation e do género de plataformas, certamente não sairão desiludidos, especialmente vindo incluído com a consola, e quiçá o adorem como eu. Por esta razão irei atribuir a Astro’s Playroom a nota de 8.5/10.
Astro’s Playroom no OpenCritic