Análise – Super Mario RPG

Lançado em 1996, Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, regressa agora com um remake que tenta dar a conhecer esta divertida aventura da Nintendo e da Square a uma nova geração. Super Mario RPG é considerado por muitos um dos melhores jogos da SNES e embora nunca tenha tido uma sequela direta, procriou alguns dos jogos mais queridos da Nintendo, como a série Paper Mario e Mario & Luigi.

O jogo começa com o habitual rapto de Peach às mãos de Bowser, no entanto rapidamente a situação dá para o torto pois apesar da derrota de Bowser uma misteriosa espada gigante aterra no seu castelo e parte a “Star Road” em 7 diferentes peças, sendo que o subsequente impacto faz com que Mario seja disparado para longe sem Peach.

A partir daqui Mario vai encontrando e agregando novos companheiros para a sua equipa de forma a descobrir a origem da tal espada e uma forma de travar os seus planos.

Como um todo a narrativa é simples, mas muito eficaz, introduzindo 2 personagens em particular muito interessantes para o universo de Mario: Mallow e Geno, sendo Mallow uma personagem muito engraçada, já Geno é um pouco mais subtil em termos de diálogos, porém o seu design e ataques são interessantes o suficiente para ter gostado dele.

Visualmente gostei bastante da abordagem escolhida, sendo um estilo um pouco mais infantil mas que encaixa muito bem nas personagens e no tom deste titulo, sendo o jogo também muito apelativo ao nível dos gráficos e correndo geralmente a 60fps, algo que me surpreendeu, porém denoto que o jogo padece de bastantes problemas de performance em certos pontos ao fazer a travessia no mapa, não incomoda muito em batalha dado o género do jogo mas ao percorrer algumas das regiões são palpáveis estes fraquejo na performance.

A banda sonora, composta pela lendária Yoko Shimomura tal como o jogo original, é simplesmente sublime não só acrescentando a algumas destas faixas como mesmo melhorando muitas delas, um trabalho absolutamente irrepreensível neste quesito.

Ao nível da jogabilidade, este remake apesar de se manter bastante fiel à estrutura por turnos do original introduz também muitas novidades que tornam a experiência mais dinâmica e satisfatória.
Em cada combate podemos premir nos botões num “timing” especifico de forma a que façam mais dano, e neste remake adicionaram a esta mecânica a possibilidade desse dano também ser aplicado ao resto dos inimigos, o que apressa bastante as lutas menores e incentiva à aprendizagem do “timing” de cada ataque, porém devo realçar que em alguns ataques o tempo para premir o botão é muito enganador e em certos casos extremamente pequeno ao ponto de acabar por ser melhor optar por outros ataques para evitar frustrações.
Além disso foi também adicionado um ataque especial que após preenchermos uma barra através de ações no “timing” no decorrer da batalha nos permitem usar ataques avassaladores de equipa que variam consoante a composição da mesma e são muito úteis nas lutas mais tardias.

Ainda assim o jogo é extremamente fácil, mesmo os bosses apesar de terem conceitos interessantes pouco ou nenhum desafio oferecem, acabando o desafio mais por estar do lado de certas coisas antiquadas que transitaram para o remake, como os “timings” manhosos e alguns requisitos absurdos no conteúdo secundário que propriamente das lutas.

Porém tenho de realçar a luta secreta do jogo após o passarmos, além de divertida consegue ser mais desafiante que a restante experiência como um todo, sendo uma boa recomendação para quem procure um desafio à sua altura.

Apesar destas pequenas quezílias, estaria a mentir se dissesse que Super Mario RPG não me divertiu, é não só muito divertido como sinto que é uma boa experiência para todas as idades, podendo mesmo ser o primeiro RPG para muitos e nesse aspeto é uma boa escolha, pelo que lhe atribuo um 8 em 10.

Super Mario RPG no OpenCritic

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