Desenvolvido pela Evil Raptor, a equipa por detrás de Pumpkin Jack, um tributo a jogos de plataformas dos anos 90 como MediEvil, chega-nos agora Akimbot, que almeja algo semelhante, mas para com a franquia Ratchet & Clank.
Akimbot segue um par de protagonistas, Exe e Shipset, que se veem numa aliança improvável que começa por uma simples fuga do cativeiro em que se encontram para uma autêntica jornada para salvar todo o universo da eminente destruição que se avizinha.

No geral gostei da história deste jogo, ambos os protagonistas são o típico duo em que uma das personagens é estoica e a outra é uma grafonola que nunca se cala e adiciona uma vertente humorística que para o género em que se insere funciona bem.
Ao nível visual o jogo utiliza o Unreal Engine para grande efeito, tendo visuais muito bem conseguidos e detalhados, porém isso vem com um custo que é a performance. Este jogo não só tem Screen-Tearing constante como ainda possui quedas consideráveis cada vez que alcançamos um checkpoint, algo que me prejudicou em algumas lutas em que sem querer ativei o checkpoint na arena e tendo pouca vida a imagem ficou tão lenta que não tive tempo de reagir a um inimigo que me matou, pelo que se são pessoas sensíveis a este tipo de problemas técnicos diria que o melhor a fazer é esperar por uma atualização que colmate a maioria destes soluços.

A banda sonora, composta por Telurik, é bastante energética e adequa-se bem aos variados ambientes pelos quais passamos nesta aventura.
Tal como referi em cima, Ratchet & Clank é claramente uma forte inspiração para este jogo nomeadamente ao nível do movimento e travessia que me lembrou imenso Rift Apart, sendo provavelmente a coisa mais divertida neste jogo, permitindo ao jogador muitas oportunidades de atravessar os níveis a uma velocidade alucinante ao usar os movimentos certos, algo que notei especialmente ao rejogar os níveis depois de terminar a campanha.

Além disso, o jogador tem ao seu dispor 4 armas distintas, cada uma com uma utilidade única, que embora não conceda tanta variedade como os milhentos gadgets de Ratchet não deixa de ser bastante divertido de alternar entre armas a meio das lutas, embora haja uma em especifico que me pareceu bem mais poderosa que as restantes, pelo que a utilizei bem mais.
Outro aspeto do jogo que gostei foram os bosses, que são divertidos e concedem algum desafio. No entanto o maior problema deste jogo é mesmo o seu sistema de checkpoints, que por vezes é dos piores que encontrei num jogo recente, porque embora tenhamos checkpoints constantes no meio dos níveis, há muitas sequências longas onde o jogador rapidamente pode morrer sem um único checkpoint, levando por vezes a repetir uma sequência de 5 a 10 minutos do início por um erro simples, algo que rapidamente se torna extremamente frustrante e irritante, em especial nas sequências com veículos em que além de longas, as físicas de cada veículo são demasiado estranhas, tendo dado por mim a repetir imenso estas partes porque não cheguei a atinar com os controlos.

Ao nível do Dualsense tirando um ligeiro Haptic Feedback nenhuma das funcionalidades do comando é utilizada, algo que não me afetou, mas é algo de se notar para fãs das mesmas.
Em suma, Akimbot é um jogo de plataformas independente muito divertido e com um potencial enorme que em grande parte foi realizado com sucesso, infelizmente o seu sistema de checkpoints e performance abismal arrastam a experiência para baixo, ficando aquém do que podia ser, pelo que lhe atribuo um 7/10.
