Power Rangers: Battle for the Grid é uma reimaginação do aclamado evento de banda desenhada “Shattered Grid”, publicado pela Boom! Studios. Nesta história, Lord Drakkon, uma versão alternativa maligna de Tommy Oliver, o Ranger Verde, parte numa campanha a grande escala através do espaço-tempo com o objetivo de destruir todos os Power Rangers.

Síntese da campanha
A campanha de Battle for the Grid começa com Tommy Oliver como Ranger Branco, naquele momento sob o controlo de Rita Repulsa, a vilã principal de Mighty Morphin Power Rangers (MMPR), após terem derrotado Zordon e os Rangers, numa linha temporal alternativa. Tommy mostra-se pouco satisfeito com o que acabaram de conquistar e trai a imperadora do mal, cravando a sua lâmina no coração dela.
De volta à linha temporal principal, Kimberly (Ranger Rosa – MMPR), Jason (Ranger Vermelho – MMPR) e Tommy (Ranger Verde – MMPR) estão a meio de uma sessão de treino no Centro de Comando. Depois de saírem, Tommy e Kimberly planeiam ir ao cinema naquela noite, mas Lord Drakkon, seguido por Mastodon Sentries (soldados parecidos ao Ranger Preto), invade repentinamente o Centro de Comando. Durante o combate, Drakkon usa o poder do Ranger Verde para matar Tommy, deixando Kimberly destroçada. Enquanto Kimberly lamenta a morte de Tommy, o resto dos Power Rangers Mighty Morphin voltam ao Centro de Comando.
Jen Scotts (Ranger Rosa – Time Force) aparece para ajudar, informando os Rangers sobre Drakkon e o perigo que este representa, dando assim início a uma série de batalhas que atravessa o tempo-espaço, envolvendo Rangers de várias séries.

As batalhas decorrem por vários universos paralelos em que Drakkon ataca os Power Rangers residentes, a fim de lhes roubar os Morphers.
O objetivo de Drakkon é adquirir pelo menos um Morpher de cada equipa e utilizá-los para aceder à Grid, o local de onde provêm os poderes dos Power Rangers. Com os modos de acesso possível e exclusivos de todas equipas ao seu dispor, Drakkon pretende transferir todos esses poderes para si mesmo e tornar-se no Ranger mais poderoso.

A campanha é composta por duas partes. A primeira parte – acima descrita – termina com Zordon e Doggy Kruger (Shadow Ranger – SPD) numa reunião com a Rita Repulsa do universo principal. Os dois pedem-lhe ajuda, temendo que a interferência de Drakkon com a Rede Morphing possa vir a destruir toda a existência. Quando Rita, decidindo ignorar a ameaça, se ri da ironia, com vontade de ver os Rangers sofrer, Zordon informa-a de que Drakkon havia matado a sua versão doutra linha temporal. Antes que ela possa dar uma resposta, a tela fica preta e o texto “To be continued” surge escrito no ecrã.
Até este capítulo, a história é bastante simples. Há uma ameaça que pretende acabar com tudo e os Power Rangers respondem combatendo. Para uma história que pretende ser um pouco mais “dark” e apelar aos jovens adultos que viram MMPR quando eram crianças, a narrativa carece de muitas linhas condutoras como o desenvolvimento dos personagens, sendo que até este momento o que motiva Drakkon pouco ou nada é elaborado, além de ter sido corrompido pela Rita para se tornar um vilão. É difícil apegarmo-nos a personagens dos quais não sabemos nada, e a empatia falha o alvo quando há um desfecho importante, mas a exposição é nula ou instantânea.

Jogabilidade e Mecânicas
Para quem está familiarizado com jogos de luta, Battle for the Grid será um título fácil de iniciar e dominar. Para jogadores novatos, o jogo é tornado mais acessível pelos comandos simples e combos automáticos.
A jogabilidade é parecida à de Marvel vs. Capcom, com algumas nuances. Os Super Moves estão ligados a um só botão, não requerendo o input de sequências elaboradas para que sejam traduzidos em dano. Também existe uma mecânica de “Zord” ou “Monstro” onde se pode utilizar o Goldar, o DinoMegazord ou o DragonZord, mas que parece ser pouco equilibrada. A meu ver, podia ter sido um Super Move adicional para o jogador escolher, ou estar associada a uma barra recarregável. No seu todo, esta mecânica pareceu pouco apelativa.
Conclusão
É um jogo fácil de jogar e algo divertido, mas a lista de personagens limitada traz pouca variedade durante a campanha, onde o objetivo é mostrar a narrativa deste título. No entanto, os personagens que existem são únicos e trazem vários estilos de luta diferentes. O modo arcade é curto, assim como a primeira parte do modo história, sendo possível completar o conteúdo com alguma celeridade – diria que umas 5 horas chegam para completar a campanha e o arcade com todas as personagens. O jogo não vai além de dois modos online: ranked e casual. Embora seja um jogo produzido com recursos reduzidos, consegue trazer bom artwork e modelos bem conseguidos. Como fighting game, tem uma base boa, mas ainda pode ser muito melhorada, apesar de não ser a mais apelativa do mercado, neste momento.
Atribuo uma pontuação de 5.5 em 10. Se estiverem interessados, recomendo que esperem por uma promoção, mesmo com reduzido preço de lançamento (20€).